Consumir é da minha estrutura; mas eu era cego quanto a isto. Por ser cego quanto a isto, quanto a isto não cresci; se quanto a isto não cresci, em nada mais pude crescer. Se sou naquilo que não sei, no que sei eu nada sou; pois naquilo que não sei, me domina o que não sou – me dominam no que não sou…
Vontade escravizada pelo pecado – não há livre arbítrio que a estabeleça…E para o bem de toda ordem, sou responsável por mim…pelo que sei e não sei de mim…pelo que sou e que não sou. Pois penso, logo sou. Mas se não penso o que sou…não há livre-arbítrio algum…somente escravidão…
E se estou em trevas, e esta pulsão pelo consumo me empurra…e em comprar encontro coisas maravilhosas dentro de mim, sensações estupidamente refrigerantes e reconfortantes e sentimento de identidade e adequação e integração e até dignidade…será que sou realmente? Homo consumer…homo consumer, quando o Espírito irá a ti…?
Somos amaldiçoados e o Espírito não tem visitado nossas terras…Consumimos sem entendimento e os púlpitos nada falam – quando não se aliam a esta tenebrosa Feiticeira que nos leva a consumir sem que saibamos o motivo. Nossos templos, que pensavamos refúgio, são armadilhas e aí vemo-nos confrontados em mais consumir; ahh!!! Absurda e dolorosa dor!! Eles nem nos ensinam o que ocorre em nossa alma…basta saber contar…não precisa saber narrar a alma para ser um sacerdote…
Homo consumer…onde está a chama do Pentecoste? Por onde anda o tremor absurdo da terra? Homo consumer…Deus é fogo consumidor, e não consumidor. Mas sua chama, homo consumer, é a do consumo…E nos cultos, eu vejo um fogo que tudo consome: consome Bíblias, consome livros, consome cânticos, consome os outros e nos consome…não seria um fogo estranho? Homo consumer…ninguém expôs a você o plano da salvação – pois você não aceita nada de Graça; é necessário consumir…
Homo consumer…você precisa da Graça de Deus…

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