Um artigo do Jornal Americano de Serviços de Saúde ( (artigo IJHS) informa que o incremento de cerca de 14.000 mortes nos Estados Unidos se relacionam à contaminação radioativa do desastre na usina de Fukushima, no Japão. O artigo é importante, pois não só expõe a metodologia usada como também documenta toda a pesquisa.
O artigo estima que o incremento dessas 14.000 mortes nas 14 semanas após colapso de Fukushima é similar às 16.500 mortes ocorridas nas 17 semanas após o desastre de Chernobyl em 1986, sendo que o aumento do registro de óbitos atingiu mais as crianças americanas com menos de um ano: a elevação de óbitos infantis na primavera foi de 1,8 por cento contra um declínio de 8,37 por cento nas 14 semanas anteriores. .
É possível especular que que o ecossistema do Oceano Pacífico está envenenado com radiação e que devido aos interesses estratégicos-econômicos isto não está sendo noticiado. Considerando-se que os isótopos radioativos liberados por Fukushima têm uma meia vida de 30.000 anos, as correntes marítimas e as movimentações meteorológicas, isso é de enorme gravidade.
O governo de Hong Kong publicou sua metodologia de verificação de radiação, bem como declarou que vai retirar de circulação e eliminar imediatamente produtos contaminados (Agência de Alimentos de Hong Kong). No Brasil, a ANVISA atualizou os critérios de verificação dos produtos importados do Japão, contextualizando-os à realidade do acidente (Anvisa-Critérios Importação do Japão). Cingapura proibiu importação de alimentos e frutas de certas regiões do Japão. Contudo, o estudo acima indica que pode ter havido a contaminação do ecossistema do Pacífico, alcançando regiões agrícolas da América do Norte. Quanto às outras regiões banhadas pelo Pacífico, principalmente América Central e do Sul, há um silêncio.
Em época de Semana Santa, caberia às autoridades sanitárias brasileiras uma declaração do que tem feito nesse sentido, bem como a publicação da metodologia utilizada na verificação de produtos importados da região alcançada pelo ecossistema do Oceano Pacífico.
As organizações da Sociedade Civil devem exigir do governo manifestação nesse sentido, bem como a Academia publicar seus trabalhos sobre o tema.

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