1. O PT busca consolidar-se ao redor da presidente Roussef. Tentará, em 11 de julho, promover uma manifestação convergente com a proposta de plebiscito que ela sugeriu ao Congresso. É uma ruptura com o Congresso. Pode ser compreendido como uma afronta ao Poder Judiciário, pois o Tribunal Superior Eleitoral manifestou-se corajosamente contra a viabilidade do plebiscito no prazo que Roussef quer. É, por fim, uma incoerência e intromissão nos demais poderes, bem como um desequilíbrio do sistema de tripartição dos poderes, pois a chefe do Executivo sugeriu ao Congresso Nacional o plebiscito, mas esse, após oitiva do Poder Judiciário manifestou-se contrário a ele nos termos propostos. Enfim, a postura da presidente Dilma começa a assumir contornos golpistas.
2. A Policia Federal realiza ofensiva contra o grupo Anonymous, mediante visita a casa de integrantes das redes sociais do grupo. Esse denunciou essa manobra como um atentado à liberdade de expressão. O grupo deve lançar um ataque ao Poder Executivo Federal, como resposta a essa ação.
3. A Velha Política rachou-se em dois blocos, basicamente: o Grupo de Dilma e o Congresso. A presidente Dilma encontra-se isolada e muito mal vista. Fez boa manobra ao transferir ao Congresso a decisão sobre o plebiscito; mas desfez parte desse êxito ao intrometer-se na forma como isso seria feito. Desagradou o Congresso e convergiu para si os radicais do PT que apostam em uma hipertrofia ainda maior do Poder Executivo. Ela nega o realidade inflacionária e do aumento da dívida pública; em uma reunião ministerial, chamou de ‘burro’ um ministro que expôs esse cenário. Isso indica não só uma negação da realidade, mas uma incapacidade de convivência com variados conselheiros. É um vezo e reducionismo ideológico. Terá certamente o apoio de todos os reducionistas: radicais do PT, MST e similares.
Atualização: este blog recebeu e-mail da assessoria do Ministro da Aviação Civil esclarecendo sobre o evento acima narrado, que é uma informação extraída da coluna da jornalista Dora Kramer. No e-mail, a assessoria informa que a jornalista corrigiu a informação e oferece o link em que ela faz isso, que é o seguinte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-mola-do-poco-,1051045,0.htm
3.1. A prisão dos condenados no processo do mensalão pode esvaziar o poder dessas estruturas radicais. Assim, não é errado conceber a prisão deles até 11 de julho, por mais que a normalidade afaste essa hipótese, mas o mais possível é que ela ocorra depois disso e aí, então, esfrie esse movimento.
4. Abre-se a possibilidade de radicalização com a entrada do PT e das estruturas sindicais e de movimentos sociais no protagonismo do apoio ao governo. Como nos últimos dez anos elas se caracterizam pelos privilégios, é possível que suas lideranças estejam esvaziadas e não funcionem, tal qual aconteceu com a UNE. Os eventos do dia 11 de julho colocarão isso à prova. Uma vez fracassado o evento de 11 de julho, estarão fortalecidos o grupo Anonymous, a oposição e as correntes pró impeachment de Dilma.
5. São tendências: graves denúncias contra o Executivo Federal, seus líderes e familiares; enfraquecimento dos atuais líderes das casas do Congresso Nacional, com possível saída dos mesmos; maior adensamento das manifestações; maior mobilização sindical; recrudescimento dos conflitos de classe social.

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