Quem nunca foi vitima daquela defesa da psiquê chamada transferência, consagrada na frase de Homer Simpson “a culpa é minha e a coloco em quem quiser“? Pois é, parece que a filosofia do patriarca desajeitado da família Simpson está ditando as posturas corporativas do Judiciário, que transfere para a advocacia a culpa pela avalanche de processos judiciais e pendengas emperradas nas prateleiras dos cartórios.  Para a liderança do Judiciário, as pessoas vão à justiça devido a uma cultura beligerante da advocacia. Com certeza o Leviatã Juiz é tão bom que todos podem ir a ele sem um que o conheça tecnicamente; e é claro que qualquer um pode buscar um tabelião ou conciliador e fazer um acordo, sem conhecer os elementos de um ato jurídico ou as peculiaridades das obrigações e contratos…

Não se deve afastar o cidadão comum da assessoria de um especialista em causas; embora realmente haja uma cultura beligerante na formação universitária brasileira, ainda assim, é melhor um advogado sabendo pelo que pode ir para o Tribunal, do que um jurisdicionado desconhecendo até onde pode ir para garantir seus direitos. Nesse caso, ignorância é benção só para os burocratas, mas não para os jurisdicionados, gerando um risco exponencial de perda de direitos.

Os Presidentes das Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil se reuniram para debater a obrigatoriedade do advogado em Centros de Solução de Conflitos – isto é, em negociações, conciliações e mediações. Isso se deu também devido a provimento do Conselho Nacional de Justiça que autorizou cartórios extra-judiciais a realizarem conciliações e mediações sob instrução do Tabelião, dispensando advogados.

Para saber mais sobre a reunião do Colégio de Presidentes das Seccionais da OAB, clique no link abaixo:

Colégio de Presidentes debate presença necessária da advocacia na conciliação