Como a prova obtida por hacker pode ser mantida íntegra, coesa e consistente? Como pode ser assegurada a sua coerência interna (a compatibilidade entre as partes que as compõem), se foi obtida justamente com quebra do dispositivo de segurança que assim a mantinha?
Não se trata meramente de uma legalização da princípio moral que condena o uso de provas obtidas por meio ilícito; trata-se de uma declaração de imprestabilidade de sua coleta, isto é, de não saber se foi colhida de modo a garantir a sua originalidade ou não. Ainda mais quando apresentada por marido de deputado declaradamente opositor dos alvos.
Não há como verificar a integralidade, pois a sua obtenção e oferecimento são incontroladas e incontroláveis. Não há garantia de originalidade nem de contexto. Enfim, não há como verificar sua coerência interna (se o que aparece como escrito ou dito foi aquilo mesmo) nem sua coerência externa imediata (se o que aparece escrito ou dito o foi no contexto apresentado).

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