Maria, mãe d’Aquele que é Deus
O mistério da Encarnação não pode ser perfeitamente explicado; mas suficientemente demonstrado. Por isso usamos o pronome d’Aquele para falar que Maria é mãe de Deus, como realmente o é. Pois a frase Maria é mãe de Deus, embora correta pelo fato de Jesus ser Deus – 100% homem e 100% Deus – ante o imperfeito entendimento da Encarnação (que é um mistério, não explicável mas demonstrável) – leva o raciocínio do homem a buscar suprir essa imperfeição fora do que Deus considerou suficiente para que o homem conhecesse do Seu amor.
Assim, por exemplo, o Apóstolo João fala que no princípio era o Verbo, e o Verbo (Jesus) era Deus. Na mente curiosa e não descansada na suficiência da Revelação, a frase ‘Maria é mãe de Deus’ pode conduzir à compreensão da Matriarca dos cristãos (sim, ela o é; assim como Sara, Raquel e Rebeca o foram quanto à fé – e falamos disso sem problema…) como anterior ao Verbo, pelo princípio pagão do ‘antes do Verbo era o útero”, muito usado hoje, principalmente no paganismo feminista contemporâneo; equivoco registrado nos documentos da história da igreja, como por exemplo no “Psalterium Virginis Mariae”, em que o nome de Deus é retirado dos Salmos, e substituído pelo de Maria, que é designada neles como ‘Domina’ (Senhora).
Por isso, descansados na suficiência da Revelação Bíblica – que consideramos plenária – nós evangélicos, embora muito amemos a mãe de Nosso Senhor, não buscamos compreendê-la para além do que a própria Bíblia diz.

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