“Nota explicativa: escrevi o presente texto como fruto de uma devocional sobre o problema do mal e da morte. Socorri-me da mística cristã – naquilo que a Bíblia diz disso – para estruturar meus pensamentos e afeições, e encontrar consolação, provisão e previsão práticas para o problema do mal e da morte.“

Quando morre um santo de Deus no mundo – um cristão verdadeiro e genuíno – os anjos vêm buscá-lo com grande alegria e regozijo. Eles o colocam em uma carruagem, e, com uma escolta de anjos, o levam para a glória do Céu.

No lugar em que está o corpo sem vida do cristão falecido, eles o buscam. A alma desse crente, então, é cercada de anjos – uns o escoltam, e outros adoram a Deus. Dali, eles partem para o Céu, riscando as regiões celestes.

É bem verdade que espíritos maus tentam algum regozijo com a morte do cristão. Porém, mal falece este, os anjos de Deus o vêm buscar, e logo a luz destes anjos os aterroriza e os remete à sua condição e história: enquanto os anjos levarão o cristão da terra para o Céu, aos demônios só resta lembrar que do Céu cairam, e que da terra para onde cairam, cairão mais ainda, para um abismo e um lago de fogo.

Os anjos de Deus escoltam o cristão rumo ao Céu riscando as regiões celestiais. Aí, nestas, poderes do mal os mais diversos são obrigados a observar a passagem dessa santa caravana: um cristão, uma cristã, irá entrar no Céu, na presença de Deus, de onde eles cairam e para onde não mais voltarão. Eles veem ali um cristão rumo à presença de Cristo; e eles se lembram da vez em que estiveram perante Cristo: subjugados quando do triunfo na Cruz, exibidos derrotados perante os anjos e o Pai. Vai o cristão rumo ao Pai, ver Jesus, com amor e gratidão; e os demônios se lembram do estado em que ficaram depois de o terem visto…

Vai o cristão, rumo ao céu, em seu regozijo, alegria e gratidão a curvar-se ante o Rei dos Reis, o Deus de Amor; aos espiritos maus que tanto o perseguiram em sua peregrinação aqui não será dado esse privilégio – antes, ficam apavorados com o que lhes está reservado: acorrentados, cheios de pavor e ódio dobrarão os joelhos perante o Rei.

E por fim, não podemos deixar de lembrar: lá vai um cristão, rumo ao Céu. Um peregrino que encerrou sua viagem. Os agentes do mal veem isso: não há mais como persegui-lo e atacá-lo; aterrorizá-lo e atormentá-lo. Isso lhes enche de pavor: esse humano, esse cristão,  no futuro irá julgá-los.