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Editor: Carlos HB de Castro Magalhães (MTb 0044864/RJ)

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Uma das observações mais perturbadoras que Rousas Rushdoony faz em seu “A Política da Pornografia” é a influência do primitivismo na formulação dos postulados do Iluminismo.

Ele traça uma série de coincidências desde Rousseau e a Revolução Francesa até o presente – passando por Robespierre, Freud, Nietzche, Tólstoi, Marcuse e outros – para demonstrar como a ideia de primitivismo está na base do Iluminismo; afirma que a declaração de Freud que o homem é “basicamente determinado pelos resquícios do inconsciente da horda primordial” integra e constitui a ideia de Revolução como um movimento de base e subterrâneo para derrubar o que é elevado e superior; que isso molda a visão Iluminista da vida, visão esta que também (des) organiza família, moralidade e sexualidade. Ora, a ideia Iluminista de que o poder e a determinação vêm de baixo – quando se faz do Iluminismo uma Cosmovisão a explicar tudo na vida – fará com que no campo da sexualidade assim também o seja.

Desse modo, nada é uma Graça, uma dádiva instituída por Deus; antes, tudo é uma conquista, uma conquista necessariamente de baixo para cima, só sendo legitima uma “graça” se conquistada, mesmo que se tenha que rebaixar-se para subir novamente.

No campo da sexualidade, na perspectiva humanista, a maturidade e liberdade sexual são afirmadas pela própria degradação. As cenas grotescas nos espetáculos recentes do funk carioca, as expressões pornográficas de suas músicas – com o rebaixar da mulher nelas – são consectários dessa ideia de horda primitiva a constituir o poder moral. Mas não só isso – nos estratos mais elevados da sociedade, filmes e livros como Cinquenta Tons de Cinza e Secretária bem registram que a afirmação de liberdade sexual da mulher é mais caracterizada por atos de auto degradação do que por uma simplicidade de vida. É que até o sexo é uma conquista – e não uma Graça.

Isso explica muita coisa: desde peitos e vaginas expostos em protestos feministas até o gosto pela humilhação em troca de casais, imoralidade em letras de funk, rebolados grotescos no Rock in Rio, filmes polêmicos de Hollywood e bacanais sadomasoquistas. Na era Iluminista sexo não é uma graça do Criador; mas uma conquista que se dá necessariamente do mais vil rumo ao mais poderoso.

É tudo evidente: o Iluminismo fracassou como cosmovisão e não pode explicar e organizar aspectos básicos da vida humana, como sexualidade, família e moralidade.


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Uma resposta para “Cinquenta tons de cinza”.

  1. […] a ciência tudo explicar – pelo contrário, como já expusemos em textos anteriores (aqui, e aqui), o Iluminismo como organizador de toda a realidade da vida teve resultados catastróficos. Assim, […]

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