BLOG CASTRO MAGALHÃES

Editor: Carlos HB de Castro Magalhães (MTb 0044864/RJ)

Religião, Direito, Política, Cultura Pop e Sociedade

Editor: Carlos HB de Castro Magalhães, Registro Jornalista MTb 0044864/RJ

Assine o Blog e receba sempre nossas atualizações

O texto que trata da morte de Saul é uma crítica que a própria igreja do Ant igo Testamento faz sobre os seus descaminhos. Ali há uma referência explícita ao cativeiro babilônico (I Crônicas 9.1); com uma indicação clara da seriedade das formas sociais estáveis de Israel no tocante ao culto ao Senhor. O texto fala de como Deus estabeleceu o culto e como havia gente comprometida com ele; após esse texto é que se fala da morte de Saul, de como ocorreu, e de por qual motivo ocorreu.

Saul foi escolhido rei com critérios das nações vizinhas e numa imitação explícita das mesmas pelos hebreus; ele viveu como um rei da sua época, inclusive consultando pitonisas e usurpando as funções sacerdotais e proféticas de Samuel. Antes da narrativa de sua morte registra-se o culto estabelecido e o comprometimento dos que eram responsáveis por ele. A ideia é oferecer um contraste entre o culto a Deus e o culto das nações vizinhas; além de oferecer esse contraste, a ideia é concluir pelo prejuízo que foi escolher os critérios de vida das nações. Prejuízo não só por causa das consequências da escolha, mas pelo pouco caso e menosprezo por tudo o que havia sido acumulado pelas práticas de adoração estabelecidas entre os hebreus.

Quem com porcos anda farelo come – diz o ditado. Tendo a vida de Saul e Israel sido pautada pelo mesmo diapasão das nações à volta, a vergonha foi nessa medida: a cabeça de Saul foi cortada e exposta com suas armas na casa de um deus pagão dos filisteus; somente o corpo foi sepultado em Israel. Após descrever isso, o texto fala da relação de Saul com a pitonisa de En-Dor. A ideia e demonstrar que o povo de Deus não deve ser guiado por critérios que não os de a ele determinados pelo próprio Deus.

A utilização de critérios mundanos para a vida em igreja é que se condena nesse texto. As maneiras de ascensão ou aquisição de proeminência, o uso de subterfúgios relacionais, assédios, quid pro quos e outros meios mundanos não são próprios da igreja. Há, nisso, cópia do mundo e o final de quem os utiliza vai ser coerente com isso.

A tentação é grande para isso. Mas somos outro povo.


Descubra mais sobre BLOG CASTRO MAGALHÃES

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Descubra mais sobre BLOG CASTRO MAGALHÃES

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue lendo