Tema a ensejar reflexão e que passa desapercebido é o da relação entre os Evangélicos e o Poder Nacional. Creio que talvez por desconhecimento por parte de muitos falantes do que seja a doutrina política do Poder Nacional, com suas dimensões e objetivos nacionais permanentes e transitórios, inclusive inscritos no texto constitucional, mas antes disso já escrutinados no senso comum da nação, tal tema não seja tratado, embora definidor das posições éticas que os evangélicos tomam politicamente.
Doutrina é uma percepção da realidade e essa percepção está muito debilitada pois nos últimos dias a adesão a uma ou outra doutrina é feita superficialmente para parecer inteligente e virtuoso, e não por realmente se vislumbrar e organizar, minimamente, através daquela doutrina, uma realidade. A doutrina do Poder Nacional diz que o poder de uma nação tem dimensões política, militar, econômica e psicossocial, basicamente. Quando uma nação está enfrentando desafios em sua identidade, território, economia ou valores, por exemplo, essas dimensões se articulam, para que a nação possa superá-los.
Os evangélicos pregam e vivem, perfeita ou imperfeitamente, valores que influenciam e alimentam a dimensão psicossocial da nação brasileira. Desafiada esta, logicamente os evangélicos participarão – no presente momento histórico pelo voto e mobilização política – da articulação com as demais dimensões do poder nacional para superar o perigo.
No final não há nada novo e essa participação retorna ao conhecimento e escolha das opções éticas cristãs possíveis: absolutismo ético, hierarquismo ético, situacionismo e relativismo ético. O crente é chamado a integrar o poder Nacional e ele faz isso a partir dessas opções possíveis. Ele tomará suas decisões a partir do padrão moral da Bíblia, usualmente demonstrado pelos cristãos de todas as eras, mas aplicado ao presente momento.
A questão é maior do que uma simples escolha ideológica, mas de superação mesmo de um desafio direto à nossa dimensão política (com possibilidade já real de perda de direitos políticos, como a livre expressão) e psicossocial (degradação moral pela recondução de políticos e partidos comprovadamente praticantes da corrupção ao poder, risco de implantação de ideologias e políticas contrárias aos valores cristãos). Do voto mal-dado, o poder nacional pode sair estraçalhado em sua dimensão política e psicossocial, com repercussão na economia e, também na dimensão militar, que pode se voltar contra parcela do povo, como ocorreu na vizinha Venezuela.
Por isso, votemos bem, pois realmente nossa nação está sendo desafiada e se não superar esse desafio agora as coisas ficarão bem difíceis.
Descubra mais sobre BLOG CASTRO MAGALHÃES
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Deixe um comentário