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Por Carlos Magalhães para o Blog Castro Magalhães | 20 de julho de 2025, 21h37 (horário de Brasília)

A recente nota do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Nacional, publicada neste domingo (20), em defesa da soberania nacional diante das sanções impostadas pelos Estados Unidos contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes, desencadeou uma onda de críticas e rejeição nas redes sociais, especialmente no X. A publicação, que inclui uma imagem com a bandeira brasileira e o texto condenando as sanções como uma interferência externa, foi recebida com desconfiança, sarcasmo e acusações de incoerência por parte de usuários, revelando uma crise de credibilidade para a entidade.

Contexto da Nota

A nota da OAB, divulgada às 19h55 (horário de Brasília), vem em meio a uma escalada de tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. As sanções, anunciadas na sexta-feira (18) pelo Secretário de Estado Marco Rubio, incluem a revogação de vistos de Moraes, seus aliados e familiares, além de ameaças de medidas econômicas. O governo brasileiro, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, reagiu duramente, com o presidente afirmando que “nenhuma intimidação comprometerá a defesa da democracia”. A OAB, por sua vez, solidarizou-se com os cidadãos brasileiros afetados, reafirmando seu compromisso com a soberania nacional e o Estado Democrático de Direito, mas sem citar diretamente os nomes dos alvos das sanções.

Reações no X: Rejeição e Sarcasmo

A publicação da OAB no X (post ID 1947067828000993617) rapidamente atraiu uma enxurrada de comentários negativos. Usuários questionaram a legitimidade da entidade para se posicionar como defensora da soberania, apontando contradições internas. O advogado Fabio Bonilha (@Fabio_Bonilha) destacou que a OAB nega o voto direto aos advogados para a escolha de sua presidência, sugerindo que a instituição carece de coerência democrática: “Se quer ter lugar de fala legítimo na defesa da democracia, comece por casa: assegure eleições diretas na OAB já”.

Outros comentários foram marcados por tom sarcástico. “Oi Deus, sou eu de novo!” escreveu @lphilipgoza, enquanto @KatiaMagalhes14 questionou: “oxe a OAB ainda existe? Tanta merda aconteceu no Brasil e vcs sumiram”. A percepção geral é de que a OAB teria se omitido em crises anteriores, como as denúncias de censura e prisões políticas atribuídas ao STF, e só agora se manifesta por conveniência política.

Acusações de Hipocrisia e Alienação

A narrativa dominante nos comentários acusa a OAB de hipocrisia. Usuários como @AvanteBrasil e @movadvdireitabr argumentam que a entidade se calou diante de “absurdos” no Brasil, como abusos de poder por ministros do STF, e agora age para proteger aliados sob sanções. “Chamar de ‘ataque à soberania’ uma sanção contra indivíduos que violaram princípios democráticos é manipulação rasteira”, escreveu @AvanteBrasil, sugerindo que a OAB estaria mais interessada em defender interesses específicos do que o povo brasileiro.

A advogada @RosaneBonoro reforçou a crítica, pedindo que a OAB priorize a defesa das “garantias constitucionais violadas pelo STF” em vez de se envolver em disputas diplomáticas. A hashtag #EleiçõesDiretasNaOAB também ganhou tração, refletindo um apelo por reformas internas na entidade.

Polarização e Crise de Confiança

A polêmica ocorre em um contexto de polarização política no Brasil, com as sanções dos EUA sendo vistas por alguns como uma resposta às ações do STF contra figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de conspirar para um golpe. Comentários como os de @PEÃOdoBolsonaro indicam um alinhamento com narrativas que criticam o Judiciário, enquanto a OAB é acusada de proteger “autocratas de toga”.

A rejeição à nota da OAB reflete uma crise mais ampla de confiança na instituição, que historicamente se posiciona como voz da sociedade civil. A imagem patriótica da bandeira brasileira na publicação, embora simbólica, não conseguiu ressoar positivamente entre os críticos, que a interpretam como um gesto vazio diante de anos de suposta inação.

Contexto Internacional

As sanções americanas, segundo reportagens recentes (como a do site Mixvale, de 19 de julho), visam pressionar o Brasil em meio a acusações de censura e perseguição política pelo STF, refutadas pelas autoridades brasileiras. Lula e o chanceler Mauro Vieira já sinalizam uma resposta diplomática e possivelmente econômica, o que coloca a nota da OAB em um tabuleiro mais amplo de tensões bilaterais.

Reflexão

A reação nas redes sociais sugere que a OAB enfrenta um desafio significativo para recuperar sua autoridade moral. Enquanto a entidade busca se posicionar como defensora da soberania, a percepção de muitos é que ela precisa primeiro resolver suas próprias contradições internas e se alinhar às demandas de sua base. A crise atual, portanto, pode ser um ponto de inflexão para a instituição – ou um reflexo de sua crescente desconexão com parte da sociedade brasileira.

Nota da Redação: As opiniões expressas nos comentários do X refletem os usuários e não necessariamente a posição do Blog Castro Magalhães. Para mais detalhes, acesse o post original da OAB: https://x.com/CFOAB/status/1947067828000993617 e a publicação no Instagram: https://www.instagram.com/p/DMWNmOEMaxA/.


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