A vida em comunidade é também uma vida de observação. A Bisbilhotagem é a irmã bastarda desta, uma degenerada que transforma o que vê em ódio e seus filhos: menosprezo, inveja, orgulho e outros filhotinhos. Como verdadeira bastarda, a Bisbilhotagem deseja substituir a Observação e usurpar seu lugar no coração do cristão.
Paulo observava: em suas epístolas, lamenta que os cristãos da Galácia não amadureceram espiritualmente; em outra, alegra-se com a fé que os cristãos de Colossos compartilham com os demais crentes. São observações colhidas ao longo do tempo, com um início e um fim no processo de observação, comparando o estágio inicial ao resultado final. E o padrão de crescimento é a glória de Deus.
Observamos na vida em comunhão: a condição inicial, os vacilos diante do pecado, as inseguranças, a inveja e outras fraquezas. Domingo a domingo, e por vezes durante a semana, vemos como os irmãos e irmãs da igreja vão progredindo. A linguagem, a vestimenta (do desleixo para o cuidado), a postura, o abandono da extravagância em favor da discrição, o progresso profissional e familiar, a firmeza diante das lutas. Tudo isso é a Observação, que o cristão deve transformar, levando-a do âmbito profano para o devocional.
Observamos nossos irmãos como o que são: irmãos em Cristo. E, assim como admiramos o progresso de nossos irmãos de sangue, compartilhando com entusiasmo seus feitos, como se deles participássemos, também glorificamos a Deus pelo progresso dos irmãos em Cristo, tornando-nos, de certa forma, participantes de seu crescimento e, por admiração, nós passamos a ser também um pouco do que eles se tornaram.


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