Data: 27 de agosto de 2025
Hora: 06:42 AM PDT
Fonte: [https://x.com/zerohedge/status/1960685530565550269]

Nesta quarta-feira, 27 de agosto de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou sua ofensiva contra o bilionário filantropo George Soros e seu filho Alex, exigindo que ambos sejam acusados com base na Lei de Organizações Corruptas e Influenciadas por Racketeers (RICO) por supostamente financiar protestos violentos em todo o país. Em uma publicação explosiva no Truth Social, Trump acusou o duo de apoiar a instabilidade social e os classificou como “psicopatas”, prometendo impedir mais danos à nação. A declaração, feita às 12:47 UTC (5:47 PDT), rapidamente se tornou um dos tópicos mais comentados nas redes sociais, gerando reações polarizadas.

Contexto e Acusações

No post, Trump declarou: “George Soros, e seu maravilhoso filho da extrema esquerda, deveriam ser acusados de RICO por causa de seu apoio a Protestos Violentos, e muito mais, por todo o Estados Unidos da América. Não vamos mais permitir que esses lunáticos rasguem nosso país, e muito menos dar a eles a chance de ‘RESPIRAR’. Soros, e seu grupo de psicopatas, causaram grandes danos ao nosso País!” Ele também fez uma menção enigmática a “amigos da Costa Oeste” e alertou que está de olho neles, agradecendo ao público por seu apoio.

A menção ao RICO remete a uma tendência recente de usar essa lei, originalmente criada em 1970 para combater o crime organizado, em casos políticos de alto perfil. Um exemplo notável ocorreu em 2023, quando Trump enfrentou acusações de interferência eleitoral na Geórgia sob a mesma legislação, que pode resultar em penas de 5 a 20 anos de prisão por condenações por racketeering.

Quem é George Soros?

George Soros, nascido na Hungria em 1930, é um dos homens mais ricos e controversos do mundo, com um patrimônio líquido estimado em US$ 6,7 bilhões em 2023, após doar mais de US$ 32 bilhões por meio das Open Society Foundations. Essas fundações pretensamente financiam causas como direitos humanos, educação e democracia, mas são acusadas por críticos de apoiar movimentos radicais e agendas progressistas que desafiam valores tradicionais, muitas vezes usando fraude e violência. Segundo a AP News (19 de fevereiro de 2018), grupos como a American Association of Evangelicals alegam que Soros financia organizações como o ACLU e o Center for American Progress, promovendo protestos disruptivos e políticas que, na visão de conservadores, atacam princípios cristãos, como a estrutura familiar nuclear e valores religiosos.

Soros ganhou notoriedade em 1992 ao “quebrar o Banco da Inglaterra”, lucrando US$ 1 bilhão ao especular contra a libra esterlina, forçando o Reino Unido a abandonar o Mecanismo de Taxas de Câmbio Europeu. Sua juventude também é alvo de controvérsia: durante a ocupação nazista de Budapeste, Soros, então com 13 anos, acompanhou um oficial húngaro que confiscava propriedades de judeus, sob proteção de identidade falsa arranjada por seu pai para salvar a família da deportação. Em uma entrevista à 60 Minutes (1998), ele minimizou o episódio, mas críticos, como Roseanne Barr (citada no The Guardian, 6 de julho de 2018), dizem que isso foi uma colaboração com nazistas, uma narrativa rejeitada pela Anti-Defamation League (ADL) como antissemita e infundada.

Contexto dos Protestos Violentos

Os protestos violentos mencionados por Trump ganharam destaque nos últimos anos, com várias demonstrações antigovernamentais apenas em junho de 2025. Esses eventos, frequentemente ligados a questões sociais e políticas, alimentam as acusações de que Soros financia a instabilidade, embora as Open Society Foundations neguem qualquer envolvimento direto com violência.

Reações Globais e Histórico de Conflito

As acusações contra Soros não são novas. Em 2018, o governo da Hungria, liderado por Viktor Orbán, lançou a campanha “Stop Soros“, investindo €100 milhões para combater sua influência, alegando que ele financia a migração para desestabilizar o país. Recentemente, Elon Musk criticou Soros nas redes sociais, comparando-o a um supervilão fictício.

Implicações Legais e Políticas

As leis RICO estão sendo invocadas por Trump como uma ferramenta para atacar redes de influência que prejudiciais à nação norte-americana. Essa abordagem reflete uma escalada na retórica do presidente, que parece mirar Soros não apenas como indivíduo, mas como símbolo do que chama de “elite global”. A publicação gerou apoio entre seus seguidores, que pedem a prisão de Soros e a apreensão de seus bens, enquanto críticos veem isso como politização da justiça.

O Que Vem a Seguir?

Com a Casa Branca sob controle republicano e Trump no comando, a possibilidade de uma investigação formal contra Soros e seu filho Alex ganha tração. No entanto, a viabilidade jurídica dependerá de evidências concretas – que já devem estar em posse do governo Trump – ainda não apresentadas. O debate sobre o papel de Soros na política global continua a dividir opiniões, com implicações que podem ressoar além das fronteiras americanas.