Por Redação Blog Castro Magalhães; ajudou Grok IAx 3
28 de agosto de 2025
Em 28 de agosto de 2025, o Brasil foi abalado pela Operação Carbono Oculto, um golpe monumental contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), que revelou a audácia criminosa de uma facção infiltrada na alma da economia nacional. Liderada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, com apoio da Polícia Federal, Receita Federal, Receita Estadual e Agência Nacional do Petróleo (ANP), a operação desmantelou um esquema de R$ 140 bilhões em lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, fraudes financeiras e adulteração de combustíveis. Com 1.400 agentes em ação, 200 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão preventiva contra 350 alvos em oito estados – São Paulo, Paraná, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina –, a operação bloqueou R$ 3,2 bilhões em bens, incluindo 141 veículos, 1.500 caminhões, 192 imóveis, duas embarcações e R$ 300 mil em espécie. Iniciada pelo Gaeco e conduzida por uma burocracia politicamente independente, a ação não apenas enfrentou o crime organizado, mas também respondeu às sanções da Seção 301 do governo dos EUA, que ameaçavam agentes públicos brasileiros com a sombra de punições internacionais.
O esquema do PCC dominava a cadeia de combustíveis, desde a importação clandestina de metanol pelo Porto de Paranaguá até a distribuição em 1.000 postos de gasolina. A Receita Federal identificou R$ 8,67 bilhões em sonegação fiscal – R$ 1,4 bilhão em tributos federais e R$ 7,6 bilhões em estaduais – e R$ 10 bilhões em importações fraudulentas. A subsecretária de fiscalização da Receita, Andrea Costa Chaves, descreveu o esquema como uma “invasão do crime organizado na economia real e no mercado financeiro”, com métodos dignos de paraísos fiscais. No coração da trama, 40 fundos de investimento, com R$ 30 bilhões em patrimônio, blindavam recursos do PCC em ativos como um terminal portuário, quatro usinas de álcool, participações em outras duas, 1.600 caminhões e 100 imóveis. A fintech BK Bank, um “banco paralelo do crime”, movimentou R$ 46 bilhões, com R$ 17,7 bilhões ligados ao esquema e R$ 2,22 bilhões transferidos à distribuidora Aster.
Os alvos incluíam Mohamad Hussein Mourad, dono da Aster e foragido, o epicentro do esquema; Renato Steinle de Camargo, diretor da Aster e Copape, um “testa de ferro”; Himad Abdallah Mourad e Tharek Majide Bannout, ligados à GCX (103 postos) e GT Formuladora; Renan Cepeda e Natalício Pereira Gonçalves Filho, da Rede Boxter de Combustíveis; Roberto Augusto Leme da Silva (“Beto Louco”); e Walter Martins Ferreira III, da Reag Investimentos, que geriu 11 fundos suspeitos, como o Location. Outras entidades atingidas foram o Banco Genial, que renunciou ao Fundo Multimercado Crédito Privado no dia da operação; a Trustee DTVM, ligada ao fundo Olimpia; a Banvox, conectada a Nelson Tanure; além de 17 distribuidoras, quatro transportadoras, dois terminais portuários, seis refinadoras, uma rede de padarias e 941 postos sob ameaça do PCC. Na Avenida Faria Lima, 42 alvos foram investigados, incluindo a sede da Reag e sua subsidiária Ciabrasf.
A Reag Investimentos, listada na B3 (REAG3), adquiriu a GetNinjas em 2024 por R$ 84,3 milhões, transformando-a em holding via IPO reverso em 2025, com aumento de capital de R$ 793 milhões. A CVM investiga a gestora por falta de transparência, e suas ações despencaram 20,21%, perdendo R$ 61,3 milhões em valor de mercado. A Reag é parceira do Banco Master e de Nelson Tanure em negócios como a Blum Participações, a compra do Will Bank e do GPA. O Banco Master, sob investigação da CVM por fraudes de R$ 2,1 bilhões e possível controle oculto por Tanure, contratou advogados como Viviane Barci de Moraes (esposa de Alexandre de Moraes), Napoleão Nunes Maia Filho (ex-ministro do STJ) e Mirian Ribeiro Rodrigues de Mello Gonçalves (esposa de um lobista preso) em casos paralelos. A proposta de compra do Banco Master pelo BRB, aprovada por Ibaneis Rocha por R$ 2 bilhões, foi duramente criticada pela direita, que apontou a associação do banco com o escritório Barci de Moraes Advogados como evidência de conflitos de interesse e influência indevida de figuras do STF. Tanure, ligado à Trustee DTVM e Banvox, é suspeito de estruturar uma rede para ocultar sua influência. O líder do PCC, Marcola, aparece como beneficiário indireto, com operadores como Renan Cepeda, ligado à Operação Rei do Crime (2020).
Liderada pelo Gaeco, a Operação Carbono Oculto reflete a força da burocracia politicamente independente, movida pela preocupação com as sanções da Seção 301, iniciada pelo USTR em 15 de julho de 2025. A investigação americana acusou o Brasil de falhas no combate à corrupção e regulação do Pix, impondo tarifas de 50% em 1º de agosto, por causa da perseguição a Jair Bolsonaro. As sanções contra Alexandre de Moraes, incluindo a Lei Magnitsky e a revogação de vistos, alarmaram agentes públicos, que temiam medidas similares. A operação foi uma resposta estratégica para provar a capacidade do Brasil de combater crimes financeiros, protegendo burocratas de sanções e afirmando a soberania institucional. Chaves destacou a “cooperação entre agências” como essencial, unindo Gaeco, Receita e PF para neutralizar críticas internacionais.
A operação também foi politicamente explorada contra aqueles que questionavam a capacidade do Governo Federal de enfrentar o crime organizado, sobretudo após a polêmica do vídeo de Níkolas Ferreira (14 de janeiro de 2025), que levou à revogação de uma normativa do Pix. Mesmo com a inteligência da operação tendo sido em sua maior parte obra do Estado de São Paulo, deputados como Duda Salabert e Rogério Correia acusaram Níkolas de favorecer o PCC – uma farsa que insulta a inteligência do povo brasileiro. A Operação Carbono Oculto, forjada no crisol do Gaeco antes de 2024, não dependeu da normativa do Pix, mas de auditorias fiscais, dados do Coaf e interceptações judiciais. Com R$ 52 bilhões rastreados, seis prisões e R$ 3,2 bilhões bloqueados, a operação é um tapa na cara dessa narrativa oportunista, que subestima a autonomia do Gaeco e da Receita Federal. Opor o vídeo de Níkolas ao êxito da operação é subestimar a inteligência e a alma do brasileiro, que não se deixa enganar por manobras politiqueiras disfarçadas de justiça.
O impacto da operação gerou desconforto em Brasília. A queda das ações da Reag abalou o mercado financeiro, enquanto a compra do Banco Master pelo BRB, criticada pela direita devido à ligação com o escritório de Viviane Barci de Moraes, intensificou suspeitas. A crise diplomática com os EUA, agravada pelas sanções a Moraes, colocou o Brasil sob pressão às vésperas da COP30 em Belém. Postagens no X, como as de @carlosjordy e @PazuelloGeneral, ecoam a indignação da direita, acusando o governo de usar a operação para desviar o foco de suas fragilidades. Liderada pelo Gaeco e conduzida por uma burocracia politicamente independente, a Operação Carbono Oculta expôs a infiltração do PCC, mas também desnudou as tensões políticas e diplomáticas que desafiam o Brasil em um momento crucial.
Fontes: Receita Federal, G1, Valor Econômico, Jovem Pan, O Povo, ISTOÉ, Agência Gov, Terra, Coentelegraph Brasil, O Globo, Times Brasil, posts no X.


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