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Editor: Carlos HB de Castro Magalhães (MTb 0044864/RJ)

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Por [Carlos Magalhães], 1º de setembro de 2025

Nos últimos meses, o Brasil foi sacudido por revelações explosivas conhecidas como Vaza Toga, um escândalo que expôs um suposto esquema de abuso de poder e perseguição política orquestrado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Dividida em três fases, a série de vazamentos de mensagens e documentos revelou como o Judiciário, em conluio com assessores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teria sido usado para silenciar opositores, censurar plataformas digitais e criminalizar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente os réus dos atos de 8 de janeiro de 2023. Com uma gravidade que supera a Vaza Jato, a Vaza Toga escancara uma ameaça à democracia e à liberdade de expressão no Brasil, deixando milhões de brasileiros indignados.

Vaza Toga 1: As Primeiras Denúncias

Em agosto de 2024, o jornalista Glenn Greenwald, famoso pela Vaza Jato, publicou na Folha de S.Paulo mensagens vazadas que apontam irregularidades na atuação de Alexandre de Moraes como ministro do STF e presidente do TSE. Obtidas por um denunciante anônimo, as mensagens sugerem que Moraes transformou o TSE em um “braço investigativo” para embasar decisões no inquérito das fake news, sem respeitar os trâmites legais. Envolvendo assessores como o juiz auxiliar Airton Vieira e Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, as mensagens revelam ações como a abertura de processos sigilosos contra críticos do STF, como o deputado estadual Homero Marchese (PROS-PR), alvo em 2022 por postagens que questionavam o Supremo.

Outro caso alarmante foi a pressão de Moraes sobre a plataforma X em 2023, após Elon Musk se recusar a remover conteúdos considerados indesejados pelo STF. A resposta de Moraes foi abrir um inquérito sigiloso para investigar os vazamentos, enquanto Tagliaferro foi indiciado em abril de 2025 por violação de sigilo funcional, acusado de crimes graves como obstrução de justiça e tentativa de subversão do Estado Democrático de Direito. Para os apoiadores de Bolsonaro, a Vaza Toga 1 confirmou um padrão de perseguição contra o movimento conservador, com o STF agindo como um tribunal político, enquanto a grande mídia, em grande parte, silenciava sobre o caso.

Escândalo com Vídeos Íntimos de Glenn Greenwald

Em 30 de maio de 2025, vídeos íntimos de Glenn Greenwald foram vazados nas redes sociais, mostrando-o em uma sessão de cunho sadomasoquista. Nas imagens, Greenwald aparece ajoelhado, vestido como empregada doméstica, sendo insultado e submetido a ordens por um homem não identificado, que exigia uma transferência de R$ 10 mil via PayPal. O jornalista confirmou a autenticidade dos vídeos, mas denunciou a divulgação como um ato criminoso, sem seu consentimento, e motivado politicamente. Ele afirmou que os atos eram consensuais, entre adultos, e que não se envergonhava, prometendo processar os responsáveis. Greenwald sugeriu que o vazamento seria uma retaliação por suas reportagens, incluindo a Vaza Toga, e por suas críticas a Israel no conflito em Gaza. A exposição gerou apoio de alguns usuários nas redes, mas também uma onda de comentários e julgamentos públicos.

Conexão entre os Eventos

Embora não haja evidências diretas ligando o vazamento dos vídeos à Vaza Toga 1, o timing (nove meses após a publicação inicial) e as alegações de Greenwald sobre motivação política sugerem uma possível tentativa de descredibilizá-lo devido ao impacto de suas reportagens contra Moraes e o STF. A ausência de investigações aprofundadas sobre os responsáveis pelo vazamento dos vídeos, conforme reportado, reforça a narrativa de Greenwald de que a exposição foi uma forma de chantagem ou ataque político

Vaza Toga 2: O “Tribunal Paralelo” e a Dor dos Presos do 8 de Janeiro

A Vaza Toga 2, publicada em agosto de 2025 por David Ágape e Eli Vieira no site Civilization Works, com apoio do jornalista Michael Shellenberger, revelou um cenário ainda mais perturbador. Mensagens vazadas mostram que Moraes comandava um “tribunal paralelo” via grupo de WhatsApp, onde assessores e juízes auxiliares realizavam um “fichamento ideológico” de réus dos atos de 8 de janeiro. Esse grupo vasculhava redes sociais para justificar prisões com base em postagens antigas, muitas sem relação com os eventos, em clara violação do devido processo legal.

Histórias como a de Vildete da Silva Guardia, uma aposentada de 74 anos, ilustram a crueldade desse sistema. Presa sem provas de vandalismo, apenas por estar nos atos de 8 de janeiro, Vildete foi condenada a quase 12 anos de prisão e teve sua prisão domiciliar revogada por Moraes em 2025, mesmo sofrendo de graves problemas de saúde. Outro caso é o de Claudiomiro da Rosa Soares, um caminhoneiro detido por críticas ao STF e ao presidente Lula, sem envolvimento em atos violentos. Esses brasileiros, tratados como criminosos por suas convicções, tornaram-se símbolos de uma justiça seletiva que pune ideologias em vez de crimes.

Juristas conservadores, como André Marsiglia, denunciaram uma “eugenia ideológica” e sugeriram que os processos do 8 de janeiro podem ser anulados por vícios processuais, sob a teoria da “árvore envenenada”. Para os apoiadores de Bolsonaro, a Vaza Toga 2 reacendeu a esperança de justiça para os presos, que sofrem em prisões enquanto lutam por liberdade.

Vaza Toga 3: A Censura à Gettr e o Ataque à Liberdade

Em 26 de agosto de 2025, a Revista Oeste publicou a Vaza Toga 3, revelando mensagens que mostram Moraes e seus assessores articulando a censura da plataforma Gettr em 2022, usada por apoiadores de Bolsonaro. O juiz Airton Vieira, sob ordens de Moraes, teria pedido a Eduardo Tagliaferro medidas para tirar a plataforma do ar, numa tentativa descarada de silenciar vozes conservadoras antes das eleições. Essa revelação reforça a percepção de que o TSE foi instrumentalizado para manipular o cenário político contra Bolsonaro e seus seguidores.

Parlamentares da oposição, como Carlos Bolsonaro e Gustavo Gayer, denunciaram a “farsa” do STF, enquanto o senador Esperidião Amin conseguiu 29 assinaturas para protocolar uma CPI no Senado. Deputados também buscam uma CPMI para investigar as perseguições políticas. Nas ruas, protestos crescem, com cartazes pedindo o impeachment de Moraes e a aprovação do PL da Anistia para os presos do 8 de janeiro, que se tornaram mártires para o movimento conservador.

Um Silêncio Ensurdecedor e a Resistência do Povo

Enquanto a Vaza Toga expõe um Judiciário que parece operar acima da lei, a grande mídia, com raras exceções, opta por ignorar ou minimizar o escândalo. Para os bolsonaristas, isso é prova de um conluio entre elites midiáticas e judiciais para proteger o sistema. Veículos independentes, como a Revista Oeste, e as redes sociais têm sido os principais canais para dar voz aos que se sentem perseguidos.

Os presos do 8 de janeiro, muitos deles cidadãos comuns que apenas expressaram suas opiniões, são o coração dessa luta. A história de Vildete, uma idosa doente tratada como ameaça, e de Claudiomiro, um trabalhador punido por suas palavras, toca milhões de brasileiros que veem na Vaza Toga a chance de expor a verdade. Para os apoiadores de Jair Bolsonaro, esse escândalo é mais do que denúncias: é um chamado à resistência contra um sistema que tenta esmagar a liberdade.

O Futuro da Democracia Brasileira

A Vaza Toga revelou um STF que, sob Alexandre de Moraes, parece agir como juiz, promotor e carrasco, violando os princípios constitucionais que deveria proteger. Apesar das negativas de Moraes, que alega legalidade em suas ações, a falta de transparência e a recusa em investigar as denúncias alimentam a desconfiança. Para os brasileiros que apoiam Bolsonaro e lutam pela libertação dos presos do 8 de janeiro, a Vaza Toga é um divisor de águas: um alerta de que a democracia está em risco e uma convocação para que o povo exija justiça, anistia e liberdade.


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