As desilusões causadas pela calúnia de pessoas próximas são retratadas pelo salmista no Salmo 120.
Ele descreve a dor e a maldade das calúnias, bem como o estranhamento em relação a quem as produziu, comparando os caluniadores a dois povos distantes (Meseque e Quedar).
À peregrinação da romaria (o Salmo 120 é um cântico da romaria até Jerusalém para o sacrifício no Templo) soma-se a realidade da jornada do fiel por esta vida, muitas vezes solitária, devido ao estranhamento em relação aos próximos que caluniaram e aos que acreditaram na calúnia, como se fossem outro povo ou estivessem em um contexto de guerra.
Deus permite calúnias e desilusões para que recordemos nossa condição de peregrinos nesta vida, que transcende nossos laços sociais e comunitários.
E, em nossa peregrinação, assim como o salmista expressa sua fé antes de imolar o cordeiro sem mácula no Templo de Jerusalém, nós o fazemos aos pés da Cruz, do Cordeiro imolado, mas Ressurreto.


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