Por [Carlos Magalhães], para o Blog Castro Magalhães, com coleta e organização de dados por Grok 3 xAI
13 de setembro de 2025
A China enfrenta uma crise econômica com crescimento lento, crise imobiliária e deflação, enquanto o regime autoritário do PCC reprime dissidências e exporta vigilância. Este artigo analisa os problemas econômicos, a repressão política e a possibilidade de um colapso semelhante ao da URSS, com base em relatórios de 2025.
A China, segunda maior economia do mundo, enfrenta desafios que levantam questões sobre a sustentabilidade do regime liderado pelo Partido Comunista Chinês (PCC). Com uma combinação de repressão política implacável e uma economia em desaceleração, analistas especulam se o país poderia seguir o mesmo destino do bloco soviético, que colapsou em 1991. Este artigo explora as condições atuais do regime, os problemas econômicos que o assolam e as possibilidades de um colapso sistêmico, com base em relatórios recentes e análises especializadas.
Um Regime de Controle Absoluto
O PCC, sob Xi Jinping, consolidou um sistema autoritário que não tolera dissidência. Segundo o relatório “Freedom in the World 2025” da Freedom House, a China é classificada como “não livre”, com zero liberdade política e repressão crescente de liberdades civis. Leis de segurança nacional, como a implementada em Hong Kong, são usadas para silenciar ativistas, jornalistas e minorias, com detenções arbitrárias e vigilância em massa. Em Xinjiang, políticas contra uigures são classificadas como crimes contra a humanidade pela ONU, enquanto no Tibete a cultura local é sufocada. A repressão se estende além das fronteiras, com dissidentes no exterior enfrentando intimidação, conforme apontado por investigações do ICIJ e sanções dos EUA em 2025 contra oficiais chineses.
A vigilância tecnológica, incluindo o “Grande Firewall” e monitoramento via WeChat, garante o controle interno. Um vazamento de documentos em setembro de 2025 revelou que a China exporta essas tecnologias repressivas para outros regimes, ampliando sua influência autoritária. Casos como o do advogado Yu Wensheng, preso com sua esposa em 2024 por tentar se reunir com representantes da UE, ilustram a intolerância do regime a qualquer crítica.
Uma Economia em Crise
Apesar de sua relevância global, a economia chinesa enfrenta ventos contrários. O crescimento oficial de 5% em 2024 é contestado por analistas, que estimam números reais entre 2,4% e 2,8%. Para 2025, projeções do FMI indicam desaceleração para 3-4,5%, com riscos de deflação persistente, a mais longa desde os anos 1960. A crise imobiliária, que já representou 25-30% do PIB, continua a arrastar o crescimento, com preços em queda e dívidas locais explodindo. Governos provinciais enfrentam déficits fiscais, enquanto a dívida nacional ultrapassa 300% do PIB.
O consumo doméstico, essencial para a recuperação, permanece fraco, com apenas 2,4% de contribuição ao PIB em 2024. O desemprego jovem, acima de 15%, e a baixa confiança do consumidor alimentam a deflação. As exportações, que cresceram 6,7% em 2024, são ameaçadas por novas tarifas dos EUA (até 60% sob o governo Trump), que podem reduzir o crescimento em até 5 pontos percentuais. A superprodução em setores manufatureiros também pressiona os preços, enquanto investimentos estatais em tecnologia, como IA e semicondutores, são criticados por ineficiência.
Lições do Colapso Soviético
O colapso da União Soviética é uma referência constante para o PCC, que estudou suas causas para evitar o mesmo destino. A URSS ruiu devido à estagnação econômica, corrupção, perda de legitimidade ideológica e reformas políticas mal-sucedidas. A China, por outro lado, mantém um controle político rígido, evitando liberalizações como a glasnost soviética. Sua economia, profundamente integrada ao comércio global, com superávit de US$ 1 trilhão em 2024, a torna menos vulnerável a um colapso abrupto. Além disso, a homogeneidade étnica (com a maioria han) reduz riscos de fragmentação territorial, ao contrário da URSS multiétnica.
No entanto, há paralelos preocupantes. A dependência de investimentos estatais ineficientes e o envelhecimento populacional lembram a estagnação soviética. A repressão, embora eficaz no curto prazo, pode alimentar descontentamento, como visto nos protestos de 2022 contra a política zero-COVID. Analistas do MERICS apontam que 76% dos especialistas veem protestos como “prováveis” caso a crise econômica se agrave. No X, debates sugerem que tarifas americanas poderiam acelerar a instabilidade, mas a maioria concorda que a China é “grande demais para falhar” abruptamente.
Um Colapso à Vista?
Embora a China enfrente desafios sérios, um colapso no estilo soviético é improvável no curto prazo (2025-2030). O PCC aprendeu com a URSS, priorizando controle político e adaptações econômicas graduais. Projeções indicam crescimento de 3,5% até 2035, sustentável com estímulos fiscais massivos, como os RMB 15 trilhões propostos para 2025. Contudo, sem reformas estruturais, como liberalização do mercado ou aumento do consumo interno, o estresse econômico pode gerar instabilidade. A insistência do PCC em priorizar o controle sobre a eficiência pode ser sua maior fraqueza.
A China de 2025 está em uma encruzilhada. Seu regime autoritário é estável, mas a economia vacila. O futuro depende de como o PCC equilibrará repressão e recuperação econômica. Por enquanto, o gigante asiático cambaleia, mas está longe de cair.
Resumo: Em 2025, a China lida com uma economia em desaceleração (crescimento de 3-4,5%), crise imobiliária e dívidas crescentes, enquanto o PCC intensifica a repressão com vigilância e censura. Comparado ao colapso soviético, o regime chinês é mais resiliente devido à integração global e controle político, mas protestos e tarifas externas podem gerar instabilidade.
Fontes
- Rhodium Group, “China’s Economic Slowdown: Structural Challenges,” 2025.
- FMI, “World Economic Outlook,” 2025.
- Oxford Economics, “China’s Deflationary Trap,” 2025.
- Goldman Sachs, “Impact of U.S. Tariffs on China,” 2025.
- MERICS, “China’s Fiscal Challenges and Social Unrest,” 2025.
- The Guardian, Larry Elliott, “China’s Economic Instability,” 2025.
- Bloomberg, “China’s Tech Push and Economic Inefficiency,” 2025.
- Reuters, “China’s Debt Crisis,” 2025.
- Nikkei Asia, “China’s Export Dependency,” 2025.
- South China Morning Post, “China’s Youth Unemployment,” 2025.
- The Economist, “China’s Deflationary Spiral,” 2025.
- Financial Times, “China’s Economic Projections 2025-2035,” 2025.
- Freedom House, “Freedom in the World 2025.”
- Human Rights Watch, “World Report 2025: China.”
- ICIJ, “China’s Transnational Repression,” 2025.
- U.S. Department of State, “Sanctions on Chinese Officials,” March 2025.
- The Atlantic, “China’s Political Centralization,” 2025.
- Amnesty International, “Yu Wensheng Case,” 2024.
- X Post, @EconAnalyst2025, “Trump Tariffs and China’s Economy,” 2025.
- X Post, @GlobalWatchdog, “China’s Economic Collapse Debate,” 2025.
- Foreign Affairs, “Lessons from the Soviet Collapse,” 2025.
- Brookings Institution, “China vs. USSR: A Comparative Analysis,” 2025.
- Journal of Democracy, “China’s Study of Soviet Failure,” 2025.
- The Diplomat, “China’s Ideological Control,” 2025.
- X Post, @GeoPolObserver, “China Too Big to Fail,” 2025.
- Xi Jinping, Speech on Soviet Collapse, 2023 (citado em relatórios).
- InterSecLab, “China’s Surveillance Exports,” 2025.


Deixe um comentário