Por Carlos Magalhães – 27 de setembro de 2025

O artigo “Após traição a Bolsonaro, Ciro e Lira despencam nas pesquisas” explora a queda acentuada na popularidade de Ciro Nogueira e Arthur Lira, líderes do Centrão, após serem acusados de abandonar Jair Bolsonaro. Com base em uma postagem no X de Marinês Araldi e dados do Datafolha de setembro de 2025, o texto destaca como a prisão de Bolsonaro em 2024, ligada aos atos de 8 de janeiro de 2023, e o movimento #FreeBolsonaro impactam as intenções de voto em Piauí e Alagoas para as eleições de 2026. Aborda também o realinhamento político do Centrão e a pressão internacional, oferecendo uma análise detalhada do cenário político brasileiro.

O tempo estimado de leitura é de menos de 1 minuto

A política brasileira vive mais um capítulo de reviravoltas com a queda acentuada nas pesquisas de Ciro Nogueira e Arthur Lira, líderes do Centrão, após serem acusados por apoiadores de Jair Bolsonaro de traição. A percepção de distanciamento do ex-presidente, preso por suposto envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, tem custado caro aos dois políticos, que agora enfrentam a possibilidade de não se reelegerem em 2026.

A crise de popularidade ganhou destaque com uma postagem no X feita por Marinês Araldi (@MARINESARALDI) no dia 26 de setembro, que apontou a queda nas intenções de voto de Lira e Nogueira, ambos associados ao bolsonarismo no passado, mas agora vistos como distantes dessa base. A imagem compartilhada na rede social, destacando os dois políticos ao lado de uma análise de pesquisas, gerou uma onda de reações entre os seguidores, muitos dos quais expressaram indignação e prometeram não votar neles nas próximas eleições.

A queda de popularidade vem na esteira da prisão de Bolsonaro, condenado a 27 anos por planejar um golpe após perder as eleições de 2022, conforme decisão judicial divulgada em setembro de 2025 pela BBC. A detenção, que mantém o ex-presidente em prisão domiciliar, intensificou as tensões políticas, com seus apoiadores culpando Lira e Nogueira por não terem defendido o líder. Pesquisas recentes do Datafolha, realizadas em setembro de 2025, mostram uma erosão significativa do apoio em seus estados de origem, Piauí e Alagoas, respectivamente, sinalizando um risco real de derrota nas urnas em 2026.

O movimento #FreeBolsonaro, que ganha força nas redes sociais, tem sido um catalisador dessa rejeição. Comentários no X, como os de usuários que pedem “anistia ampla e irrestrita” ou ameaçam campanhas contra os dois políticos, refletem a insatisfação de uma base fiel ao ex-presidente. A traição percebida se alinha com uma realinhamento no Centrão, coalizão conhecida por suas alianças pragmáticas, que, segundo reportagem da UOL em 2023, já negociava apoio ao governo Lula em troca de vantagens políticas.

A situação ganhou contornos internacionais, com parlamentares dos Estados Unidos, incluindo o secretário de Estado Marco Rubio, criticando a detenção de Bolsonaro, o que pode influenciar o sentimento dos eleitores brasileiros. Analistas políticos apontam que a combinação de fatores – a prisão do ex-presidente, a mobilização online e a perda de credibilidade junto à base bolsonarista – pode selar o destino político de Ciro Nogueira e Arthur Lira, que agora enfrentam um futuro incerto nas eleições de 2026.