Vivemos num mundo agitado, onde tudo é para ontem e as demandas devem ser respondidas de imediato. A pressa é fazer sem pensar; a agilidade é fazer com comprometimento.
Muitas vezes aplica-se pressão sobre as emoções para que façamos algo, gerando ansiedade. Na anticultura brasileira, há a ideia de que pressionar emocionalmente, importunando, fará o outro reagir e atender ao pedido. É tratar o próximo como um bichinho que só reage a estímulos. Há até quem diga: “Eu sei quais botões apertar em fulano”.
A agilidade exige o uso do entendimento: senso de proporção e prioridade. Se a tarefa leva dois ou três minutos, faz-se na hora. Se exige mais tempo e atenção, agenda-se. Se envolve obrigação ou provisão necessária à vida, prioriza-se. A agilidade traz senso de continuidade; a pressa traz interrupção e abandono de tudo mais.
Os valores da agilidade não são apenas racionais, mas também amorosos: dão ao outro o que ele realmente merece e exercem o ofício com competência e lealdade (uma forma de amor) àquele a quem se serve. Já a pressa é apenas a reação de um bichinho estimulado por pressões e estímulos negativos.
O devocional da santificação da pressa consiste em observar nossos afazeres apressados e passar a informá-los com critérios de racionalidade e amor que expressem bem a glória de Deus.


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